A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma central hidrelétrica que está sendo construída no Rio Xingu no estado brasileiro do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
Sua
potência instalada será de 11.233 MW; mas, por operar
com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW
(39,5TWh por ano) em média ao
longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional (388
TWh em 2009). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a
terceira maior hidrelétrica do mundo,
atrás apenas da chinesa Três
Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia
Itaipu (14.000 MW); e será a
maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.
(Povos indígenas em protesto contra a construção da usina) |
Desde seu
início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e
internacionais, de algumas comunidades indígenas
locais e de membros da igreja Católica. Essa pressão levou a sucessivas
reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima
e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE (Conselho Nacional de Política
Energética) decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica
do Rio Xingu. Há opiniões
conflitantes sobre a construção da usina. As organizações sociais têm convicção
de que o projeto tem graves problemas e lacunas na sua formação. Outro
fator que pesa nas argumentações contra a construção é que a obra irá inundar permanentemente
os igarapés Altamira e Ambé, que
cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu.
A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será
reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem
direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de
transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde
encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e
castanhas. 952 índios serão afetados.
O caso de
Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá
da sazonalidade das chuvas. Por isso, para alguns críticos, em época de
cheia a usina deverá operar com metade da capacidade, mas, em tempo de seca, a
geração pode ir um pouco abaixo de 4,5 mil MW, o que somado aos vários passivos
sociais e ambientais coloca em xeque a
viabilidade econômica do projeto.
A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, foi orçada em 16 bilhões de reais, leiloada por 19 bilhões de reais e financiada por 28 bilhões de reais. Quase dois anos depois do início das obras, o valor não para de subir. Já supera R$ 30 bilhões de reais e pode aumentar ainda mais com as dificuldades para levar a construção adiante. Com a sequência de paralisações provocadas por índios e trabalhadores, estima-se que a obra esteja um ano atrasada. Se continuar nesse ritmo, além dos investimentos aumentarem, a concessionária poderá perder 4 bilhões de reais em receita.
E agora,
povo brasileiro???
OBS: TWh= terawatt
hour energia produzida equivalente a 1000 gigawatts-hora
MW= megawatt
unidade de medida de potência elétrica
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