terça-feira, 1 de outubro de 2013

BRASIL POLÊMICA: Hidrelétrica de Belo Monte, melhorias para o País ou prejuízos para o povo?














A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma central hidrelétrica que está sendo construída no Rio Xingu no estado brasileiro do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
Sua potência instalada será de 11.233 MW; mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW (39,5TWh por ano) em média ao longo do ano, o que representa  aproximadamente 10% do consumo nacional (388 TWh em 2009). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior  hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW); e será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.
(Povos indígenas em protesto contra a construção da usina)
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais, de algumas comunidades indígenas locais e de membros da igreja Católica.  Essa pressão levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio XinguHá opiniões conflitantes sobre a construção da usina. As organizações sociais têm convicção de que o projeto tem graves problemas e lacunas na sua formação. Outro fator que pesa nas argumentações contra a construção é que a obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas. 952 índios serão afetados.


O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas. Por isso, para alguns críticos, em época de cheia a usina deverá operar com metade da capacidade, mas, em tempo de seca, a geração pode ir um pouco abaixo de 4,5 mil MW, o que somado aos vários passivos sociais e ambientais coloca em xeque a viabilidade econômica do projeto.
 A hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, foi orçada em 16 bilhões de reais, leiloada por 19 bilhões de reais e financiada por 28 bilhões de reais. Quase dois anos depois do início das obras, o valor não para de subir. Já supera R$ 30 bilhões de reais e pode aumentar ainda mais com as dificuldades para levar a construção adiante. Com a sequência de paralisações provocadas por índios e trabalhadores, estima-se que a obra esteja um ano atrasada. Se continuar nesse ritmo, além dos investimentos aumentarem, a concessionária poderá perder 4 bilhões de reais em receita.

E agora, povo brasileiro???


OBS: TWh= terawatt hour energia produzida equivalente a 1000 gigawatts-hora

                MW= megawatt unidade de medida de potência elétrica

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